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Metodologia Marília Carneiro
CONTATO-IMPROVISAÇÃO

Treinamento e Pesquisa Metodológica - prática, conceito e história

O curso parou de ser oferecido em Novembro de 2023. Caso tenha interesse, temos uma lista de pessoas que estão torcendo para que haja nova oportunidade. Entre em contato.

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O que é a FORMAÇÃO CONTATO?

Um projeto inovador de formação continuada e consequente em Contato-Improvisação (CI) a partir da metodologia sistematizada na última década pela pesquisadora Marília Carneiro, bacharel em Dança pela Faculdade Angel Vianna (RJ), Especialista em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina da UNICAMP, Mestra em Ciências pela Fiocruz e Doutora em Educação pela Unicamp.

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A Formação Contato traz a compreensão do CI enquanto método e tem como objetivo principal levar a pessoa participante ao manejo do método, com autonomia e criatividade, para posteriormente aplicar em seu contexto individual. O grupo participante vai ganhar um conhecimento  profundo dos princípios e de como articular estes princípios na prática, o que traz o caráter formativo do curso. Como toda formação, é uma porta de entrada a um conhecimento que poderá ser desdobrado ao longo de uma vida. 

IDEALIZAÇÃO:

Um projeto político-pedagógico de difusão do Contato-Improvisação vislumbrado como desdobramento de 20 anos de imersão na prática e dos 7 anos de desenvolvimento de pedagogia especializada no ensino da Improvisação a partir de Contact Improvisation (Steve Paxton) & outros métodos geniais, no âmbito da extensão universitária da Universidade Estadual de Campinas. O curso está em constante aperfeiçoamento desde sua primeira turma em 2017. Em 2020 pela primeira vez se realizou, de surpresa, com aulas online, devido à pandemia. Desde 2022 acontece no formato híbrido, ou seja, com um grupo reunido presencial em Campinas e simultaneamente pessoas conectadas pelo Zoom-Mucíná. Cada grupo de formação é único e escreve sua própria história, atravessando fronteiras disciplinares.

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​A QUEM SE DESTINA?

A Formação é interdisciplinar e se destina a pessoas que queiram aprender de forma sistematizada, através da Metodologia MC, a manejar o Contact Improvisation como um método e incorporá-lo a seu repertório pessoal, pedagógico, clínico, terapêutico, artístico, de pesquisa ou organizacional.

Até hoje tivemos na Formação Contato pessoas vindas de:

Fortaleza/CE, Brasília/DF, Ouro Preto/MG, Uberlândia/MG, Lorena/SP, São Paulo/SP, Limeira/SP, Santos/SP, Rio Claro/SP, Rio de Janeiro/RJ, Itupeva/MG, São Carlos/SP, Manaus/AM, Juazeiro do Norte/CE, Aracaju/SE, Juiz de Fora/MG, Niterói/RJ, Goiânia/GO, São José dos Campos/SP, Indaiatuba/SP, São Roque/SP, Campinas/SP, Americana/SP, Itu/SP e Passo Fundo/RS.

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DEPOIMENTOS:

"Iniciei a formação com entusiasmo e me surpreendi com o profissionalismo de todos envolvidos e com a qualidade e cuidado do trabalho da professora Marília Carneiro.

Buscava um espaço para manter e aperfeiçoar minhas práticas em Contato-Improvisação, e me senti muito contemplado neste aspecto.

Apesar de não me sentir muito confortável com estudos aprofundados de aspectos mais teóricos e  analíticos referentes ao Contato-Improvisação, o uso do AVA durante os períodos de dispersão forneceram o estímulo para organizar melhor os meus processos de estudo.  

Tenho dificuldades em tornar  verbal todo o processo que  vivi, e em representar  esse processo de forma concreta através da escrita, mas sinto que  foi  importantíssimo vivenciar esse processo (inédito!) de formação em Contato- Improvisação, para repensar minhas práticas e meus  modos de  ensino e  aprendizagem no Contato-Improvisação" - Ryan Lebrão, turma 2

"Sempre gostei de observar pessoas. Como anda, como corre, como pula, como fala. Sem julgamentos. No curso de Formação em pesquisa em Contato-Improvisação metodologia Marília Carneiro eu aprendi a fazer isso de várias formas. Conviver com uma turma me ensinou muito, é verdade. Só não aprende quem não quer ou quem não se preocupa com isso.

Nas turmas que eu estudei foi muito interessante observar a singularidade de cada um. Como dança, como convida a dançar, como se comunica através da dança. Sobretudo, esse curso me ensinou sobre autonomia. Sobre confiança. Sobre coragem! Esta forma de dança pouco conhecida e espalhada pelo mundo está cada vez ganhando espaços, formando rede, quiçá comunidade de prática. Avalio que durante esses anos o meu entendimento sobre o Contato-Improvisação ganhou muitas cores. Olhando para a minha colega de turma, Janaína, avalio que movemos em vários sentidos o objetivo de espalhar o Ci pelos nossos contextos através do ensino. E aqui estamos nós, as primeiras pesquisadoras em Contato-Improvisação através da metodologia MC"

Mylene Corcci, turma 3

"O grupo se demonstrou unido durante todo o processo, todos estavam abertos  para trocas, diálogos e experiências. 

Senti falta da presença de todos em todos os módulos, mas compreendo as dificuldades. Me perguntei algumas vezes se não seria interessante fazer os encontros quinzenalmente e apenas aos sábados (ou domingos), a distância entre os encontros me incomodou um pouco. Achei interessante como as particularidades de cada um formaram um grupo heterogêneo, o que na minha opinião, enriqueceu ainda mais o processo da formação. 

Eu cheguei ao curso com algumas dúvidas e hoje saio com mais delas, o que para mim é extremamente positivo, revela que estou em pesquisa, em movimento e em diálogo. Dessa maneira, afirmo que o ano de estudos e treinamento foi intenso e transformador, foram encontros extremamente potentes, em poucos meses as 

mudanças no grupo eram significativas. Para mim, particularmente, foi um encontro com uma nova maneira de dançar a qual muito me identifiquei, acredito que esse ano de formação foi como uma introdução ao CI, ainda há muito o que aprender, na verdade, acredito que é uma pesquisa eterna, estamos sempre em processo, difícil dizer que há um fim. Os materiais, as aulas, as tarefas, as oficinas, as jams, tudo isso foi de extrema importância para o processo de formação. Porém, acredito que ainda me falta entrar em contato com mais materiais, fazer mais aulas, participar de mais jams, enfim, continuar o processo que apenas começou. E assim, finalizo essa etapa, com “gostinho de quero mais”, com vontade de continuar. Mesmo sabendo que estou entrando em uma outra etapa da minha vida esse ano, o CI já faz parte de mim, e de alguma maneira pretendo continuar essa pesquisa que tanto me alimenta, agradeço ao ano de partilha, e espero que possamos seguir em Contato"

Mayra Barros, turma 2

"Desde o início a formação tomou um caráter terapêutico. No primeiro módulo vislumbrei a possibilidade de servir como base para o outro, foi um simples mas grande insight, uma vez que me sentia sendo carregada em algumas áreas da vida pessoal. A cada módulo, um insight diferente.

O corpo procurou automaticamente novas formas de se movimentar, apesar da consciência corporal um pouco reduzida até então. Aprendi que não existe dança solo, seu contato, ainda que sozinha, estava na relação com o chão, e como descobri posteriormente, na relação com o espaço. 

Algumas questões foram levantadas: 1) “O que já existe em mim que ainda desconheço e a prática sempre soube?”, 2) “O que estou fazendo aqui?”, 3) “Quando os corpos são muito diferentes em questão de peso/altura, é necessário um ‘acordo’ antes da dança?”, 4) “A dança habita ou é habitada?” e 5) “É uma prática regenerativa?”. A arte de formular perguntas mostrou que existe a possibilidade de comunicação entre prática e praticante.

A vergonha da exposição me acompanhou nos primeiros meses. Uma grande virada se deu na prática do “venha como você está”, de Nancy Stark Smith. Com ela percebi que deveria me colocar não apenas como resultado de uma noite bem ou mal dormida, de uma semana corrida ou tranquila, mas sim de uma história de vida repleta de traumas e oportunidades, que fizeram meu corpo enrijecer mas também elaborar um trabalho de escuta, empatia e ressonância. Era isso que estava em jogo, uma existência, e resolvi não me envergonhar dela. Habitei com prazer os quatro lugares da observação: o estudo do movimento, o suporte energético, a empatia cinestésica (a capacidade de sentir no próprio corpo os fluxos do movimento) e a habilidade de olhar livremente. Observei a mim mesma e aos outros, e gostei do que vi.

Sempre me beneficiei com conselhos da Marília e dos colegas de grupo, pequenos e grandes conselhos que carregavam em si uma potencialidade para novas maneira de habitar meu corpo e o espaço. 

Ao decorrer da formação ocorreram algumas faltas, de presença e na resolução de tarefas, e um acidente, diante disso um cuidado e olhar mais atento. Mesmo com os compreensíveis deslizes o grupo se desenvolveu bem, demonstrando interesse,  curiosidade, empatia e ressonância dentro e fora das aulas, em seus encontros no pós-aula. O grupo foi acompanhado pela Marília, que ao mesmo tempo em que se permitia trocas mais igualitárias e alegres, como professora apresentou muita seriedade e comprometimento com o desenvolver dos processos de todos os alunos.Entre toques, corpos, gratidão, palheiros e muitos risos, finalizo minha formação feliz, com a certeza que seus objetivos foram concluídos"

Carol Papini, turma 2

"O processo de aprendizagem foi mais amplo e profundo do que eu esperava, se desabrochou em algumas camadas. Sim, aprendi sobre a prática pedagógica: exercitei e exercito ensinar Contato-Improvisação, por uma visão da metodologia de Marília, o que me dá estrutura o suficiente para seguir desabrochando novos ciclos na espiral pedagógica no processo de ensinar e aprender.

Isso me leva à outra camada. Lembro-me de Marília dizer uma certa vez, algo do tipo, que era infinito o que ela poderia ensinar. Eu fiquei chocada com essa afirmação, como poderia ser infinito?! Ela me trouxe que: para uma pesquisadora há sempre algo a descobrir. Isso me tocou profundamente. A sua metodologia ensina a pesquisar e a partir dela me sinto capaz de desbravar novos caminhos. Isso se materializou no Projeto pessoal.
Durante a Formação, fui vista e pude me ver. Marília tinha o olhar muito atento e sua didática me fez ver-me em diferentes situações e provocou questionar-me os lugares que gostaria de ocupar, trazendo consciência ao meu movimento. Em muitos momentos foi difícil e até duro, entretanto, tornar-me consciente foi o que me permitiu descobrir novas possibilidades de movimento (PAXTON, 1993) e assim, trilhar novos caminhos.

Lembro-me que, no princípio, antes de tudo isso que aconteceu na Formação Contato, eu pensava que meu trabalho deveria estar em meu corpo. Eu tinha o desejo de mover o meu corpo geograficamente e que no meu corpo contivesse meu conhecimento e meu trabalho. Ocupar o corpo com meu conhecimento, em dança, me leva a ocupar o espaço com meu corpo em movimento. A dançarina. A minha experiência na Formação ampliou minha capacidade de visão, me fazendo visualizar alguns pontos cegos, possibilitando ampliar meus limites e ocupar novos espaços. Meu corpo se tornou maior, possivelmente não em sua medida física, mas no espaço que ocupa no mundo. A consciência encontrou também novos espaços para ocupar, porque o corpo, matéria viva, se transforma. Chego a este momento, da última fase do curso de formação, com o corpo e consciência expandidos, encontrando novos lugares de artista,
dançarina, improvisadora, pesquisadora e professora.
Me sinto satisfeita com este encerramento e abertura dos novos ciclos desta espiral pedagógica. Como eu desejava, ter o conhecimento em meu corpo, aprendi que não há limites para ensinar, porque não há limites para aprender.
É com gratidão e alegria que finalizo este ciclo"

Janaína Moraes Franco, turma 1

Dúvidas, fale conosco por WhatsApp +55 (19) 99197-8308 ou por e-mail contato@mucina.com.br

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